Composições inéditas

Artista apresenta composições inéditas no grupo Ensemble

O flautista Artur Andrés Ribeiro também se prepara para um novo projeto. Ele reuniu diferentes instrumentos para montar um grupo com importantes músicos da cena instrumental de Belo Horizonte.

Além da flauta de Andres, a AAEnsemble é composta pelos percussionistas José Henrique Soares, Natalia Mitre e Rafael Alberto (primeiro percussionista da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais), o baixista Bruno Vellozo, o seu filho, premiado compositor, flautista e violonista Alexandre Andrés e a sua esposa pianista Regina Amaral. Todos compõe o projeto chamado de Ensemble – que significa “juntos” ou “grupo” em francês.

No repertório, músicas que Artur vem compondo nos últimos meses. “Estou vivendo em uma nova fase. Quando você pertence a um grupo, você concentra sua atenção nele. Este foi um momento interessante para poder fazer coisas que antes não tinha tempo para fazer …”, diz Artur. A estrutura do grupo ainda está sendo considerada, mas deve ter seis ou sete membros.

“Estou reunindo instrumentos para uso em gravações. Vou aproveitar uma conferência em Nova York (novembro de 2016) para trazer um vibrafone dos Estados Unidos, diz Artur.” Não podemos viver a nostalgia que o Uakti poderia ter sido, mas viva o que está acontecendo aqui “

Artur Andrés Ensemble é composto por sete músicos de sólida formação clássica que, ao mesmo tempo, possuem uma ampla experiência de atuação com diferentes linguagens musicais, como a música contemporânea, a música instrumental brasileira, o jazz e o minimalismo. Combinando marimba simultânea, vibrafone e glass marimba, piano, contrabaixo acústico e flautas, o compositor Artur Andrés procura criar uma atmosfera sonora única e envolvente, onde temas musicais de grande complexidade rítmica e melódica são intercalados com sessões de improvisação.

Foi compositor e arranjador nos mais de dez CDs lançados mundialmente por Uakti em suas quase quatro décadas de trabalho ininterrupto, tendo participado de importantes parcerias com Paul Simon (“Não posso correr mas” do CD Rhythm of the Saints); O Manhattan Transfer (o álbum “Brazil”), Stewart Copeland (The Rhythmatists) e, principalmente, com Philip Glass.

Segundo Glass, foi durante a gravação do álbum Rhythm of the Saints (1990), de Paul Simon, no Rio de Janeiro, que o grupo e o compositor fizeram o primeiro contato. “Houve um período da minha vida, entre os anos 80 e 90, que eu saia de Nova York no inverno, por causa do frio e ia para o Rio de Janeiro, onde alugava um apartamento em Ipanema. Paul, que estava hospedado próximo de mim, me chamou para o estúdio. Lá conheci o Uakti e, pouco depois, fui a Belo Horizonte ver um show do grupo.”

Dessa colaboração Uakti – Glass resultaram importantes trabalhos: o CD “Águas da Amazônia” (Point Music, NY, 1999) e o projeto “Orion”, estreado na Abertura das Olimpíadas Culturais de Atenas, Grécia, em 2004 e com diversas turnês realizadas por todo o mundo. Também segundo Glass, “… o Brasil tem a melhor música popular do mundo. Falo isso sob dois pontos de vista. Um deles é que, normalmente o compositor brasileiro é um poeta. A outra é que a harmonia, próxima à do jazz em complexidade, é mais rica do que você pode encontrar em qualquer outro país” (O Estado de Minas, 03/24/2004)

O novo CD do grupo, “Aldebaran”, está sendo finalizado, com mixagem e masterização agendada para julho próximo em NY pelo maestro e engenheiro de áudio Michael Riesman (diretor artístico de Philip Glass). O lançamento desse álbum nos EUA está previsto para janeiro de 2019.


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